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Astrologia explica a paixão de Salvador pelo Carnaval
Salvador está contando os minutos para o início oficial do Carnaval 2023. O amor pela festa estava reprimido por dois anos, em 2021 e 2021, devido a não realização da festa durante a pandemia da Covid-19.
A cidade aparece no top 10 dos destinos nacionais com maior quantidade de reservas em hotéis para o período da folia, de 16 a 21 de fevereiro, segundo dados do Hurb. A astróloga Pam Ribeiro, do perfil @abruxapreta, explica a relação entre a cidade e o evento.
Primeiro, é preciso saber que Salvador tem sol em Áries. O signo é regido pelo planeta Marte, símbolo da ação e da energia. Não à toa que a cidade é conhecida pelas festas, sendo um dos principais destinos da maior delas, o Carnaval.
Sol em áries
Segundo a astrologia, a cidade fundada no período de áries está sempre em movimento. Prova disso são o Fuzuê, Furdunço e Pipoco, que precedem o início do Carnaval, no sábado, domingo e terça, respectivamente.
Outros traços desse signo também se manifestam no coletivo, por exemplo, entre os soteropolitanos, que demonstram o orgulho de sua cultura, altivez e atitude. Representante do modernismo regionalista, o escritor Jorge Amado usou sua obra para ressaltar atributos da cultura local e, por meio da literatura, mostrou a baianidade para todo o mundo.
A Casa do Rio Vermelho, moradia de Amado e de sua esposa, a também escritora Zélia Gattai, está aberta à visitação. Nela, o autor escreveu obras como "A morte e a morte de Quincas Berro d'água" e "Dona Flor e seus dois maridos". Frequentada por artistas, ativistas e intelectuais do seu tempo, a casa representa um importante momento efervescente da cultura local.
Na cultura, observa-se o solar áries na gastronomia rica em temperos, caprichada no dendê e na pimenta. Toda a potência do ariano também aparece nos ritmos musicais baianos, na capoeira e nas crenças religiosas lideradas pelo batuque de tambores.
O calor do sol em áries soteropolitano pode ser vivenciado, por exemplo, na representação artística de uma cerimônia do Candomblé e na Feira de São Joaquim, que reúne especiarias, ervas milagrosas e o tudo sobre a comida típica afro-baiana.
Com lua em sagitário, a cidade abraça o mundo com um olhar sempre otimista. O estereótipo sagitariano está marcado por um exercício da liberdade, caracterizado pela escolha por viver de forma alegre. E o Carnaval representa bem a liberdade, alegria e o otimismo.
Ascendente em câncer
No mapa astral, o ascendente representa a primeira impressão que o objeto deixa em alguém. É aquela camada mais superficial da personalidade, percebida por aqueles que não o conhecem tão bem, ou seja, são características que o precedem. Salvador tem em câncer seu ascendente, signo do elemento água. E, não por coincidência, faz parte do seu calendário celebrar anualmente Iemanjá, mãe das águas.
Dois de fevereiro é uma data na qual muitos brasileiros procuram Salvador para renovar sua fé, deixando flores brancas e outras oferendas no mar.
O signo costuma ser associado à maternidade devido ao destaque para o fator emocional de uma figura responsável por nutrir as demais, aspectos que se traduzem na figura feminina de Iemanjá.
Para saldar a religiosidade, oito esculturas de orixás flutuam na água do Dique do Tororó. As imagens de Oxum, Ogum, Oxóssi, Xangô, Oxalá, Iemanjá, Nanã e Iansã são obras do artista plástico de Salvador Tatti Moreno que adornam o único manancial natural da cidade. Tombado pelo IPHAN, o dique é um dos cartões-postais da cidade. Com o entorno arborizado, pistas de corrida, decks de pesca, raias para remo, pedalinhos, restaurantes e playground, o Hurb indica o passeio ao ar livre para toda a família.
A tradução de câncer na figura genitora feminina aparece em outra mulher ilustre dessa cultura: as baianas, líderes respeitadas que, com sua força, levam a comunidade adiante e mantém as tradições ancestrais de um território.
Outra característica do signo é o apego àquilo que já se encerrou. Conhecida pelo seu centro histórico, que concentra um dos maiores acervos de arquitetura barroca da América Latina, a cidade revela sua memória em locais como o Pelourinho, o Forte de São Pedro e o Farol da Barra e outros monumentos do século XVI.