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"Há uma certa apreensão", diz Bell Marques sobre retorno do carnaval
Na véspera para o início do carnaval em Salvador, o cantor Bell Marques disse, em entrevista ao Portal A TARDE, que está animado para o retorno da folia. No entanto, confessou estar um pouco apreensivo com a quantidade de pessoas nos circuitos neste ano, para o que considera ser “um dos maiores públicos da história” do carnaval.
“Sem dúvida, estou muito feliz com o retorno, mas estaria mentindo se eu falasse que não existe uma certa apreensão. Temos visto o pré-Carnaval lotado, com as pessoas indo em peso pras ruas e o Carnaval é do povo”, disse o cantor.
“Teremos talvez um dos maiores públicos da história, tem tudo pra ser uma festa linda. Torço para que seja um Carnaval de paz e de resgate do que estamos com saudade de viver”, completou o cantor.
Bell Marques, que já tem mais de 40 anos de carreira, mantém suas raízes fincadas ao axé music tradicional, desde quando era ainda vocalista do Chiclete com Banana, banda que deixou em 2013, para investir na carreira solo.
“A minha base é da música baiana e mantive essa essência ao longo da carreira porque é o caminho com o qual me identifico”, afirma o cantor, que, apesar de manter a essência da musicalidade baiana, inovou a composição de canções com o solinho da guitarra.
“Como sempre fui apaixonado por Rock também, a guitarra potente sempre fez parte das minhas músicas e os solos viraram marca registrada”, diz Bell Marques. O cantor conta com um público fiel que, nos carnavais, rememora suas canções mais emblemáticas como “Voa Voa”, “100% você”, entre outros sucessos.
“Sem dúvida, o fã reconhece as canções e ajuda a gerar essa identificação, que vai além da música em si”, diz.
Além do acréscimo da batida mais expressiva do rock, quando era do Chiclete com Banana, a banda e o cantor promoveram inovações nos trios elétricos.
“Quando eu estava no Chiclete com Banana ainda, a gente foi responsável por fechar a lateral do trio com caixas de som e por passar todos os músicos para a parte de cima. Com isso, ajudamos no processo de mudança da sonoridade do Carnaval, influenciando também mudanças no comportamento das pessoas na festa. Sempre gostei de ousar”, disse o cantor que gravou o primeiro CD e DVD em cima de um trio elétrico, em 1997.