Notícias
Osba ganha nova gestão e maestro Carlos Prazeres deixa a Orquestra
O Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM) vai passar a gerir a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba). A entidade venceu o edital contra a Associação dos Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA), conforme publicado na edição desta quarta-feira, 12, do Diário Oficial do Estado.
Com isso, o IDSM assume os trabalhos até 2025, com um orçamento estimado em cerca de R$ 26 milhões.
Atualmente, a orquestra estadual é regida pelo maestro Carlos Prazeres, que está à frente do grupo já há 12 anos. Após o anúncio da entrada da IDSM, o músico vai deixar a Osba.
A ATCA, que perdeu a disputa, é liderada por Prazeres. Já o IDSM, que gere os Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba), é comandado por Ricardo Castro.
Castro passou pela Osba entre 2007 e 2010, e esteve no centro de uma polêmica no ano passado ao criticar a Osbrega, concerto que uniu clássicos do brega e da música romântica brasileira. Ele afirmou que o termo 'brega' refere-se a um substantivo chulo que significava 'puteiro' e classificou a iniciativa como “um círculo do inferno nunca antes visto no país”.
"Quando uma orquestra sinfônica estadual, depois de conquistar milhões inéditos para seu orçamento e poder contratar músicos excelentes, escolhe esse título para promover um concerto que poderia ser tocado melhor por Lairton e seus Teclados, estamos certamente entrando em um círculo do inferno nunca Dantes visto neste país…", escreveu, em posicionamento duramente criticado pelo público e por músicos da Osba.
Ao Portal A TARDE, a assessoria de imprensa do IDSM disse que Castro não integra a proposta enviada à Secretaria de Cultura (Secult) e que o diretor e maestro será Cláudio Cruz.
Cláudio Cruz é maestro e violinista, filho de João Pereira Cruz, fabricante baiano de violinos nascido em Andaraí, na Chapada Diamantina. Iniciou seus estudos musicais ainda na infância, com seu pai, e posteriormente estudou com grandes nomes como Erich Lehninger, Maria Vischnia, Olivier Toni, Chaim Taub, Josef Gingold, Kenneth Goldsmith, entre outros. Graduou-se em filosofia pela UNIFRAN (Universidade de Franca) e atualmente cursa o Doutorado em Música na UNESP (Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho).
Em contato com a nossa reportagem, a assessoria da Orquestra Sinfônica da Bahia informou que ainda não pode se pronunciar sobre a mudança da gestão, devido aos trâmites legais.