Notícias
Tribunal autoriza reabertura de casos de abuso contra Michael Jackson
Wade Robson e James Safechuck, os dois homens que alegam terem sido abusados sexualmente por Michael Jackson, foram autorizados a retomar seus processos judiciais contra as empresas administradoras do patrimônio do artista. O parecer favorável a eles foi emitido pelo Tribunal de Apelação do Segundo Distrito da Califórnia.
As histórias de ambos foram divulgadas no documentário da HBO, de 2019, “Leaving Neverland” (“Deixando Neverland”, em tradução livre). Eles afirmam que foram abusados quando eram crianças, após entrarem em contato com Michael Jackson, inicialmente por motivos profissionais. Safechuck fez um comercial da Pepsi com Michael em 1986, quando tinha oito anos, enquanto Robson esteve com o cantor depois de vencer um concurso de dança na Austrália, aos cinco anos de idade.
O astro do pop morreu em 2009, mas os requerentes do processo pedem indenização de duas empresas de entretenimento que foram propriedade de operação exclusiva de Jackson. Com o novo parecer, os processos, que foram consolidados no tribunal de apelação dos Estados Unidos, agora voltarão a julgamento.
Conforme a CNN, o Tribunal da Califórnia decidiu, na última sexta-feira, 18, que “uma companhia que facilita o abuso sexual de crianças por um de seus funcionários não é dispensada do dever de proteger essas crianças apenas porque é propriedade exclusiva do autor do abuso”.
Na decisão, o tribunal disse que “seria perverso não encontrar nenhum dever baseado no fato de a ré [a companhia] ter apenas um acionista. E assim revertemos os julgamentos proferidos pelas corporações.”
À CNN, Jonathan Steinsapir, advogado do patrimônio de Michael Jackson, disse: “Estamos desapontados com a decisão do tribunal. Continuamos totalmente confiantes de que Michael é inocente dessas acusações”.